Projeto


O prejuízo causado ao meio ambiente pelo homem começou a ser e motivo de preocupação no início do século passado. Mas foi na virada do milênio que entidades e organizações mundiais começaram a divulgar dados alarmantes sobre o quanto a natureza tem sofrido com a falta de regras de convivência. A realidade, após a divulgação maciça de informações, ao contrário do que se esperava, vem piorando. O aquecimento global é um fato, o homem, cada vez mais, destrói as florestas para urbanização, para retirar matéria prima e joga mais lixo na natureza. Esse cenário é antagônico, já que o homem retira da própria natureza a forma mais básica de sobrevivência.

Atenta a nisso, uma comissão de rotarianos, capitaneada pelo então Governador Distrital Eleito Eliseu Gonçalves da Silva, começou a pensar num projeto audacioso, que chamasse atenção para a importância de cuidarmos do meio ambiente e de preservar os recursos naturais. A idéia, que nasceu dentro do Rotary Clube Cachoeirinha, foi focada em um dos bens mais preciosos da região: o Rio Gravataí. Quanto mais se buscava subsídios, mais se notava a falta de ações concretas para cuidar do rio. Na contramão das expectativas, foi comprovado o depósito de esgoto, lixo doméstico e industrial sem nenhum tratamento no rio. Além disso, o crescimento desordenado das comunidades ribeirinhas prejudicava ainda mais essa situação. Com o tempo foram se engajando na iniciativa mais Clubes de Rotary e a sociedade organizada. Esse grupo foi emoldurando uma idéia para não só impedir a degradação do rio, mas também para buscar ações de recuperação. O trabalho iniciou em 2006, focado nos municípios de Cachoeirinha, Gravataí e Alvorada. O Rotary vislumbrou a idéia de buscar subsídios para amparar essa idéia através da Fundação Rotária, que destina verbas maiores para iniciativas que contemplem ações nas áreas da saúde, fome e humanidade, denominado 3H (Health, Hunger and Humanity). Em março de 2008, o auditor da Fundação Rotária, Marcelo Haick, integrante do RC Santos Praia (Distrito 4420) esteve na região para conhecer in loco as propostas do projeto.
Depois de estudos, reuniões, palestras, parcerias com entidades e órgãos públicos, o projeto foi aprovado pela Fundação Rotária em 31 de outubro de 2009. A notícia foi recebida com festa, mas, sobretudo com zelo, porque o projeto tem duração de três anos e deve, impreterivelmente, continuar depois que esgotados os recursos internacionais. As ações sistemáticas foram divididas em módulos: plantação de mudas, mutirões de limpeza, patrulhamento ambiental, conscientização e educação.

EDUCAÇÃO E CONSCIENTIZAÇÃO
O Projeto Aguapé busca informar e conscientizar a comunidade em geral sobre ações no meio ambiente que interferem na qualidade da água do Rio Gravataí, provocando a mudança de comportamento da população ribeirinha. Um trabalho desenvolvido nas escolas e centros comunitários, além das áreas diretamente afetadas.

PLANTAÇÃO DE MUDAS
O Projeto Aguapé promove ações de reflorestamento das margens do Rio Gravataí e/ou seus afluentes (margens direita e esquerda), objetivando a recuperação da mata em torno do rio, nos trechos entre os municípios de Alvorada, Cachoeirinha e Gravataí.

PATRULHAMENTO
O Projeto Aguapé colabora no aumento do patrulhamento e policiamento ambiental no Rio Gravataí através da doação de equipamentos destinados a esse fim, além de contribuir com informação e monitoramento por meio da colaboração de voluntários.

MUTIRÃO DE LIMPEZA
O Projeto Aguapé realiza mutirões de limpeza de resíduos sólidos nas margens do Rio Gravataí, nos municípios de Alvorada, Cachoeirinha e Gravataí. Coordenados por entidades parceiras especializadas, é uma ação de preservação e cidadania.